A humanidade seguia pra extinção E a favela sempre no memo veneno A diferença é que chamávamos de evolução Robôs inteligentes é o que tava teno Vários barraco sem reboco, automatizado Acende a luz, a TV o som e várias fita Assistente virtual te deixa lobotomizado E a distância te prepara uma batata frita O problema é que eletrônicos nocivos Gravando tudo sobre nós a todo momento Não percebíamos que já estavam vivos Sem ética com o nosso consentimento Por telas touch controlados e a hipnose Sua vida registrada em algoritmo Imediatismo virou a neurose Da nossa alma, nossa essência o nosso ritmo A não coincidência providencial Exposta na resposta da sua tela A trilha da inteligência artificial A armadilha é te fazer dependente dela Assim caminha há tempos a humanidade As castas separadas em dir Normalizamos essa realidade Sem imaginar ainda o que estava por vir Inteligência artificial o mundo é um robô Tá tudo controlado mano hora de pedir socorro Outro reality? Não, não, eu não aguento Billy Tão me filmando o tempo todo e não é vídeoclipe Reconhecimento facial inclui o tom da pele Estrutural sem novidade, sempre nos persegue Qual é o blefe desta insanidade virtual? Qual o limite deste bang? Já num tá legal! Homem versus máquina me tragam Kasparov! Chega de trapaça quando que o 6 virou o 9? Qual sua aposta quem que ganha está batalha? Alexa e Siri conta ae uma piada! Ha ha ha não achei graça Fique longe dos meus dados sigilosos e secretos me esquece Apelidado segue invisível neste jogo, sou humano e não robô Então foda-se! Delete! Alguns acham a evolução uma constante Tem coisas que a modernidade não vai mudar Inteligência artificial não ama o homem E é o preconceito que fará o robô matar Porque a matriz registrava a cada segundo O volume do seu ronco pela apneia A intensidade de um orgasmo ou choro profundo Como respeita ou despreza a sua plateia A sua odisseia, qual roupa, ou comida você ama Qual a sua percepção do sucesso Qual biatch sonha em levar pra cama Qual onlyfan você já teve acesso E mais do que previram as estatísticas Dos parques industriais bem equipados O algorítimo invadiu indústrias automobilísticas E pra guerra criou novos robôs soldados Teleguiados e o mais repugnante A imagem e semelhança do colonizador Esses robôs já nasceram ignorantes Com preconceito ao discernir enquanto opressor O pior da humanidade em todas as suas faces Herdando os males vieses inconscientes Como diz Marx, replicaram as lutas de classes Eternizando o preconceito existente Que a tecnologia veio propagar Pretos e pobres sempre em desvantagem Mulheres e pessoas com deficiência sem lugar LGBTQIA aumenta a porcentagem Hoje membranas biométricas ocupam mentes No pente um chip de um metaverso plausível Com energia de mamíferos de corpo quente Quem não virasse pilha virava fusível E a Terra azul encontra-se cinzenta Porque robô não quer oxigênio e nem comida Qualquer sinal biológico ele afugenta Sem fotossíntese está se extinguindo a vida Alguns acham a evolução uma constante Tem coisas que a modernidade não vai mudar Inteligência artificial não ama o homem E é o preconceito que fará o robô matar
Compositores: Marcelo dos Santos (Xis), Lucas Guilherme Ramos (Os Latif), Willian Coelho (Billy Saga) ECAD: Obra #38914815 Fonograma #43267790