Mundo opaco, de relacionamentos rasos Sorrisos falsos, entre corações em trapos, viajo Não vejo mais nada do que me agrado, desacreditado Ainda tento cortar o laço, eu trago Na mente lembranças do que já foi Me refaço, pra poder amar, um, dois Difícil decisão né? Mas não me leve a mal Nesse mundo cão, jogar sozinho é cultural A contra mão é opção, mas ai quem enxerga? Pra quem vive de ilusão, desiludir é tragédia! Mesmo sendo uma breve visita da verdade Fechamos as portas, nos escondemos, covardes Ainda bem que faz parte da criação, restauração Resiliência, em toda nova situação Reconstrução entre desastres e ruínas Ação, pois a preguiça nos contamina Sintonia com tudo ao seu redor, faz parte Viver em paz hoje em dia por si já é uma arte Reparte, o que cê carrega com o mundo, desarme Ninguém liga pra guerra até que soe o alarme, Verdade Se perdeu entre verdades do eu Cada um guiando a si mesmo, rumo a que? Fé desapareceu, onde o ego cresceu Empatia é algo raro e eu pergunto, por que?
Mundo opaco sem brilho, sem filtro, sem cor Olho e não vejo ninguém Grito e não ouço ninguém
Sem calor o amor só existe virtualmente E nesse contexto vejo o amor inexistente Por mais que alguns tentem, frequentemente eu tente A vida vai ficando sem cor, indiferente Desgraça, e eu nem to falando de tragédias É a ausência da graça que torna a coisa mais séria Abraço a fé e a desesperança não me abraça Tipo caça, procuro crianças brincando nas praças Já pensou se todo menor encontrasse o seu caminho? Que não acabasse antes dos vinte, gelado e sozinho Se a fome durasse só ate chegar em casa Se droga fosse só gíria pra coisa errada Nego ri, né? Eu sei parece utopia Mas prefiro me agarrar a isso do que a covardia Encarar o problema e ver como eu posso ajudar Ao invés de no sofá assistir o mundo acabar Entre nós cada um carrega uma historia De sonhos, planos, derrotas e vitórias Quem se importa? Além dos seus próprios problemas Feche a porta, Já basta seus dilemas Inútil abrir o vidro e dar moeda pro menor