Black Speare
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Amigo da Onça

Black Speare


Conheço um camarada que não sei se é mesmo um camarada
Algumas vezes já me deixou em roubada
De vez em quando a gente se cruza em algum rolé, várias pisadas nos esquemas
Tu precisa ver
Diz que sabe tudo de conquistar mulher na sua ideia fraca só cai a mina que quiser
Ninguém se importa com o Zé Mané muita distância dele é o que a galera quer
Se veste mal, cara de pau, fila cerveja esconde a grana na cueca pra que ninguém veja
Que ele tem, algum também, só vive assim ficar ao lado desse cara, pega mal pra mim
Um dia eu estava no xaveco de uma gata coisa de louco, de corpo não era fraca
Há muito tempo eu rondava o filé mignon, beber do mel da sua boca, seria tão bom
Chega o onça e diz: Que a matriz me procurava, a outra de cara feia só me olhava
Eu fiquei sem jeito, não dava para crer, a deusa grega, eu acabava de perder

Esse cara não é mesmo de responsa
Com certeza ele é amigo da onça
Nem Vem! Amigo da onça!
Nem Vem! Fica longe de mim!
Nem Vem! Amigo da onça!
Sai da minha! Sai da minha! Sai!

Certa vez a gente se encontrou em um pagode
Onde quem sabe dança e quem não sabe faz o que pode
Quando eu cheguei, o chato já se encontrava e eu só fiquei, pois era um amigo meu quem lá tocava
Lá pelas quatro, cansado, estava indo embora ele pediu uma carona ia sair fora
Claro nunca nego carona pra ninguém
Mesmo sabendo pra quem era eu disse tudo bem
Mas vejam só o que ele aprontou com uma tal de Josefina o onça se arrumou
Disse pra ela estou de carro e levo vocês não era uma apenas, haviam três
Eu fiquei louco, mas não sou de brigar vivo de paz, amor e sexo e de trabalhar
Aborrecido dei início a aquela romaria fazendo a promessa de que ele pagaria um dia
Deixa uma gata aqui, outro dragão ali seis horas da manhã uma vontade imensa de dormir
Mais uma noite perdida, um novo alvorecer não catei, comi ninguém, ainda banquei o chofer

Esse cara não é mesmo de responsa
Com certeza ele é amigo da onça
Nem Vem! Amigo da onça!
Nem Vem! Fica longe de mim!
Nem Vem! Amigo da onça!
Sai da minha! Sai da minha! Sai!

Sinceramente amigo sinto pena de você Já pensou por um momento, ir procurar se benzer
Sei lá de repente uma oração cai tão bem e manda embora essa zica já no próximo trem
Mudar a cor da sua casa talvez possa ajudar desligue a campainha, mande dizer que não está
Que você, foi visitar um amigo de infância que está doente e reside na Finlândia
Eu não sei o que realmente acontece quando menos espero o coisa ruim aparece
Às vezes tenho vontade de dizer se liga cara: Faça o favor de me esquecer
Mas eu não consigo e o que é pior pede minha emprestada, empresto, pois fico com dó
Será que é um karma? Ou é minha sina? Será que estou passando alguma provação divina?
Será que cometi algum pecado no passado e que por isso eu esteja sendo castigado?
Será que a vida é um júri e eu sou o réu? Sendo julgado para ver se vou pro céu

Esse cara não é mesmo de responsa
Com certeza ele é amigo da onça
Nem Vem! Amigo da onça!
Nem Vem! Fica longe de mim!
Nem Vem! Amigo da onça!
Sai da minha! Sai da minha! Sai!

Compositor: Emerson da Silva Oliveira (Black Speare)
ECAD: Obra #32418172 Fonograma #44567039

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