Brazão e Brazãozinho
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Berrante Misterioso

Brazão e Brazãozinho


Arriei o meu cavalo
Saí num dia chuvoso
Pra buscar uma boiada
Na fazenda do Mimoso

Reuni a peãozada
Confiante e corajoso
Com dez mil cabeças de gado
Atravessando o rio a nado
Berrante tocou choroso

A entrar numa cidade
A boiada estourou
O povo ia correndo
Quando o gado avançou

Corri com meus companheiros
Mas nada adiantou
Quando ouvi o som de um berrante
Lá no alto do horizonte
Quando o berrante dobrou

("Quando ouvi o som do berrante
Naquele mesmo instante
Toda a boiada parou
Um eco agudo do céu
Uma nuvem coberta de véu
Uma voz assim falou"

"Sou o Divino Pai Eterno
Eu sou o teu protetor
Eu vou seguir os teus passos
Na vitória e no fracasso
Eu sou o seu Salvador"

"O meu corpo estremeceu
Ao ouvir o som do berrante
Aquele som vinha do alto
Aquele som palpitante

Caí de joelhos em terra
Lhe agradeci num instante
Ajuntei toda a boiada
Saí cortando as estradas
Pensando no tal berrante")

Eu fiquei aliviado
No momento perigoso
Berrante silenciando
Num eco misterioso

Eu salvei toda a boiada
Desse mistério espantoso
Por isso à Deus agradeço
Até hoje não esqueço
O berrante misterioso

Compositores: Joao Martins Neto (Martins Neto), Nivaldo Pedro da Silveira (Silveira)
ECAD: Obra #145662 Fonograma #1064528

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