Na pele temos as marcas do sol e do chão rachado Há quem diga que é sina, mas um cantador em rima se alegra Transformando a tristeza em amor, ô ô ô ô ô ô ô ô ô
A caatinga e seca parece muito com agente Quando a chuva encontra o chão, um aroma que refresca e embriaga Faz-se brilho no olhar, brota o verde numa grande explosão E como é bom ouvir de novo a passarada, como é lindo o meu sertão
Cantando e seguindo ai, ai, ai Canta um cantador Coração sentindo, ai, ai, ai Aliviar a dor Cantando e sorrindo, ai, ai, ai Canta um cantador Cantando eu ensino Que tenho orgulho, deste sangue sertanejo Sou nordestino sim senhor
Vivendo nosso destino, seguimos nosso caminho A cor do sangue pisado, das mãos e pés calejados que trabalham Para ver brotar do chão, alimento, fonte de renovação, ê ê ê ê ê ê ê ê
Jaleco, perneira, aió, moringa e chapéu de couro Na peleja é armadura, pedaços de rapadura e montaria Em frente pelas veredas, recitando baixo um verso aboiador, ô ô ô ô ô ô ô ô, boiada Oração simples, homenagem sertaneja ao Deus que nos criou
Refrão
Vergonhosos os homens que governam, este pedaço grande do país Gerenciam a indústria da seca, impedindo de agente ser feliz Mas com verso e viola vou cantando, realizando um sonho de menino Ensinar para o povo brasileiro, o valor que possui o nordestino
Refrão
“Nordestino sim senhor”
Compositor: Moises Pereira do Nascimento (Mohzah Nascimento) ECAD: Obra #1832186 Fonograma #1392487