Casa de adobe coberta com palha seca, no canto uma espingarda Pra umas nambus caçar O chão rachado tá quente que tá danado, deixa o povo desolado Pois não dá para plantar No cercadinho tem alguma criação Duas galinhas, um galo, três cabritos e dois saqués Mas de onde vem a força deste povo Que jamais desiste e se mantém de pé? Mas de onde vem a força deste povo Que jamais desiste e se mantém de pé?
É o amor no peito encravado Pelo sertão desalmado Que faz rir e faz chorar É o amor no peito encravado Pela pedra e pelo barro Alma e chão, um só lugar
Quando o céu fecha, sempre é motivo de festa A chuva cai bem mansinha fazendo a terra cheirar A enchadinha com um cabo de favela leva os homens pro roçado Bem antes do sol raiar A meninada no terreiro está brincando, e a mãe observando Com os olhos a marejar Na esperança de enxergar o verde, mais felicidade Vamos trabalhar Na esperança de enxergar o verde, mais felicidade Vamos trabalhar
É o amor no peito encravado Pelo sertão desalmado Que faz rir e faz chorar É o amor no peito encravado Pela pedra e pelo barro Alma e chão, um só lugar
Compositor: Moises Pereira do Nascimento (Mohzah Nascimento) ECAD: Obra #1832210 Fonograma #1392494