Há muito tempo que eu já vinha escutando De uma festa na cidade, Um concurso complicado pra vaca participar E este ano, tava todo orgulhoso, Minha vaca Margarida com um tal toro Manhoso Depois de criar barriga, Deu à luz a uma bezerra, dava gosto só de olhar Então, no dia desta festa tão famosa, eu levei A Margarida, com uma fita no pescoço, Toda limpa e escovada pro doutor examinar Eu não sabia qual de nós era o mais prosa Se era eu ou minha vaca na hora de desfilar O doutor disse que ela era mestiçada, que ela não valia nada, nem ali era pra estar Ele falou que a orelha era de gir, Tinha um pouco de holandês e também de guzerá Que ela era um bocado de mistura, Que nada tinha de pura, não podia disputar Mas mesmo assim desfilei minha vaquinha Lá na festa da cidade, só pra todo mundo olhar
É tatu com cobra seu moço Isto eu posso lhe afirmar Mais o que interessa seu moço É o leite que ela dá Ah! se todo homem seu moço Pensasse que nem eu O leitinho das crianças, seu moço, nunca mais ia faltar
E pra acabar de contar esta estória Toda esta minha glória só me falta lhes falar Que mesmo sendo filha de tatu com cobra Todo dia eu agradeço, peço a Deus a sua benção Pelo leite que ela dá Tiro leite, tiro leite, tiro leite,
Tiro leite todo dia Tiro leite, tiro leite, tiro leite, Tiro leite que ela dá (bis)
Compositores: Eduardo Martins Brasil (Bill), Kassio Luiz Stone de Vercoza (Bill) ECAD: Obra #1084198 Fonograma #562450