Já não faz diferença quando o telefone toca; E eu procuro me distrair e aguardar até quando ele sopra; E tece linhas à caminho da rua; E para quando se situa; Perto da cama; Fica quieto, para e não reclama.
E vê se veja, outro copo sobre a mesa; E espera, pois já comeu a sobremesa.
A opinião só reluz com minhas idéias; E de fato, o que me seduz é o seu dito na Odisséia; Pois quando eu penso em estender um braço; Você logo quer me dar um abraço, daí; Do outro lado do fim.
E me dá uma cerveja, e bata sobre a mesa; Pra que eu possa mostrar e todo mundo no recinto veja.
Sou cadilac, avanço, alvoroço temporário; E cada vez que quero escrever tenho mania de cobrar salário; Faço como sexo por diversão; E as palavras saem e vão em vão para longe; Para fora do meu alcance.
E não está mais escuro; Isso irrita meus olhos, minhas córneas; Agora que não há mais furo.
Eu me animo a escrever, comido pela própria fraqueza; E faço questão de te jogar na casa, tudo o que aconteça; E me dá raiva essa inocência, me dá vontade de virar mesa; O ruído, o segundo, e o grito.
Mas não para, pelo menos não agora; E não para, pelo mais sim a demora.
Pague os tijolos, suas investidas atingiram os pólos; E nós morremos na classe que nascemos, meu bem; Enquanto não funciona esse chiado, está zunindo à toa; E que dá, voltas atrás, pra te guitar; Só culpo a incerteza, enquanto batalhamos, vemos, ou seja; Buscamos ambos tudo um do outro e então; Nos vemos cada um de um lado do portão; Essa é a sua casa, a sua harmônica só vem e me transpassa; E nós nascemos, onde quer que nos deitemos, amor.
E me veja dar um tiro em mim mesmo na mesa; E cair sangrando sobremesas; E me veja calçar o cimento; Que você selou essa paixão por esse sentimento lindo.