Silêncio na Aldeia
(?Calaram sua voz, calaram seu coração
A reserva está de luto, silenciou o sertão?)
Numa reserva de índios
No estado do Paraná
Este fato acontecido
Fez muita gente chorar
Um cacique valoroso
Que nunca pensava em guerra
Perdeu a vida inocente
Defendendo a sua terra
Mas não perdeu sua honra
De um índio respeitado
Quem cortou o seu futuro
Não apagou seu passado
Fumaça que vai pro céu
E leva nossa oração
Nosso pranto de saudade
Também a nossa aflição
Por saber que nunca mais
O nosso irmão vai voltar
Mas sabemos que no céu
Almas puras tem lugar
A cobiça e a ganância
Para o índio é coisa feia
Perdendo a vida o cacique
Deixou silêncio na aldeia
Seu nome clama na Terra
Por justiça e proteção
Mas não clama por vingança
Não envergonha a nação
Seu grito de agonia
Ainda tem ecos no sertão
Se escuta aqui na cidade
Tange o nosso coração
Pros campos da consciência
Do saber e da razão
Estendei aos irmãos da mata
O manto da redenção
Se deus Tupã lhe chamou
Pra reserva sem fronteira
No céu brilha nova estrela
Honrando nossa bandeira
Compositores: Chrysostomo Pinheiro de Faria (Crisostomo), Antonio Borges de Alvarenga (Cacique)
ECAD: Obra #6386814Ouça estações relacionadas a Cacique e Pajé no Vagalume.FM