Passeando pelas ruas da cidade De um bairro nobre do lugar onde eu nasci No jardim de uma mansão vi um arado Parei meu carro e na hora estremeci Pensei comigo esse arado já foi meu E pelo cabo foi que eu reconheci
Cabo torto já lascado e quebrado Esta do jeito que na roça te deixei Foi um soco na raiz da perobeira Num solavanco foi aí que te quebrei Você saiu com os danos materiais Infelizmente eu ai m machuquei
Do roçado fui levado para casa Com muita dor muito mal então passei Minha sorte foi o dito benzedor Como veio em minha casa eu não sei Foi me benzendo com nozinhos num barbante Foi assim que mais tarde melhorei
Os bois que puxavam o arado Foram achados bem distante nos confins Arado velho, estou te olhando emocionado Sinto seu bico cavocar dentro de mim Mais o destino te deu por recompensa Todo branco enfeitando este jardim
Aqui devem revoar os colibris Que fazem ninho ao redor desta mansão Foste igual aos passarinhos do passado Que te rodeavam nas galhadas do sertão Arado velho que me fez sentir saudade Você mexeu o meu fraco coração
Compositores: Jose Caetano Erba (Caetano Erba), Antonio Borges de Alvarenga (Cacique), Cicero Pires da Silva ECAD: Obra #2085946 Fonograma #3149238