Que lugar violento nesse mundo que vivemos Não se fala de amor só de sofrimento Lugar sem compaixão lugar sem opinião Lugar que corrompe até o seu coração
Pais e filhos se matando como sendo o normal A mãe abandona o filho na marginal Pessoas tão violentas assim por dentro tão cruas O mendigo estirado precisando de ajuda
Poucos olham, passam despercebido O choro da criança não comove os vivos Os vivos de alma, os vivos de saúde É tipo a Tv convivendo com suas virtudes
Os filhos sem pais, tão novo na rua Não tem auxílio, o governo não ajuda Não adianta ser pobre ou preto Não tem nenhum valor nesse mar de sofrimento
Violência contra a mulher é coisa de covarde Ela não denuncia por medo das grades De ver o seu marido, entre elas Ou por medo dele voltar descontando nela
Quanta violência lá dentro da favela Vários morrendo com o salário da clientela Já estou sem esperança por um mundo melhor Pai de família desejando o pior
Irmão que mata irmão, sem nenhum lamento É triste de saber que o filho vai cresce nesse tormento E aquela criança que parou de estudar Parou de vender bala pra poder matar
Trazer uma vida melhor para sua família Sua mãe, sua rainha para toda a vida Porque seu pai sem condição, na porra do álcool Chegava em casa sem levar o valor do abraço
O governo julga, favelado é bandido Mas seu espelho mostra o real inimigo Troca de tiro de forma impactante A polícia matou, sobrou pro traficante
Não deixa os políticos fazer sua cabeça Só querem sua mente pra vitória na bandeja A educação de hoje não é fatal O caderno, a caneta, os livros, fazem mal
Bem-vindo a tecnologia de forma prazerosa Que vai melhorar o mundo e não gerar revolta Você tem que ser forte pra sobreviver Fazem a doença, a cura, pra poder vender
Aqui é vida real, não é ficção Vivemos em um mundo irmão, sem compaixão Aqui é vida real, não é ficção O amor esfriou, agradece a ingratidão
Compositor: Kevin Leoni de Souza Santos (Caelibeats) ECAD: Obra #31305862 Fonograma #28402236