Café Crime RJ
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O Que Sobrou

Café Crime RJ


Iky
Sabe quando o tempo é cinza?
E nada te alivia nem dinheiro, nem a erva
Nem tá junto da família
Nem 'bom dia' e nem elas
Nem um rolé de skate
Essa paz e tão fugaz algo impede que eu aceite
Um chá que já não cura essa asia
Essa mensagem que me soa tão vazia
É que na real, a real nos distancia
Foi mal pelo mal jeito, um novo tempo se inicia
Onde a meta é ser highlander aqui não passa nada
Tipo lobo solitário na beira da estrada
Eu vou empilhando corpos, aguardo a emboscada
Vou secando copos sequestrando almas
As ruas estão tão tensas
Ruínas da babilonia restos de descrença
Umas linguagem tão densa
Quanto projétil de chumbo indo contra sua cabeça
Pensa

Refrão
O coração não sente, o olho enxerga, ó quem chegou
Se eu me tornei sombrio eu te pergunto o que sobrou?
Conto nos dedos quem sobrou, é hora da obra
Salvo aquele que acatou, e pra mim o que sobrou?
Ein brou?

Qualy
Para, escute a solidão enquanto eu relaxo
Tão só que hoje o dueto é entre eu e o baixo
Humanidade um grande passo, um grande salto
A chuva ainda cai do céu e o silêncio ainda fala alto
"tô" pra viver por aquilo que me convém
O que que tem meu chapa? o mundo já é uma desordem
Tanta gente em tão pouco espaço
O mundo é tão pequeno
Se não estão satisfeitos então "vazem"
A mão na consciência e o pé na cova
Vivo a margem de quem sobrou
Porque nós somos a sobra
Sou o vinho sou a hóstia, fruto da discórdia
Sou um fruto da cidade, sou uma viagem sem volta
Um pingo de esperança

Spvic
Pecados são opções, viver pra entender a morte
Obedecer padrões se for ousar, fornecer o próprio suporte
O obvio, vem com tempo não julgue-se mais forte
Há fraqueza em corações, azar que parece ser sorte
Escolhe: se cala. plantou? descolhe
Não, não queira me manter ocupado
Quando são me sinto errado
Elevação e desapego ao comprado
Propago o contato da audição ao meu tato
Quase tudo não programado, é isso
Deixo ao alcance dos que ouvem
Escutem "roll over beethoven", estudem
Essa anarquia dos tons, mudem
Lutem somente quando houver humanidade
Ou um fox mulder
Meias verdades em doses cheias
Maldades em nossas veias
Convites pra ceias de outro corrupto
E eu vi guardarem a ira e esquecer assunto
Sua mania singular de só agir em conjunto

Refrão
O coração não sente, o olho enxerga, ó quem chegou
Se eu me tornei sombrio eu te pergunto o que sobrou?
Conto nos dedos quem sobrou, é hora da obra
Salvo aquele que acatou, e pra mim o que sobrou?
Ein brou?

Ramiro mart
Mais, às vezes é menos uma vida temos
Muito cremos, pouco temos, lemos só não para despejar
Vocabulos hilarios mas vocabularios fortes
Musicas ilucidas são pra elucidar
Venho da curva do rio, onde anoite é frio
O dia e quente e nuvens cinzas me fizeram me adaptar
Hoje pro calor eu rio
Amor congelado em desapego vil, nem me viu me infiltrar
Bota a cara pra morrer ou pra matar
Escolher também nos é imposto e resta atacar
La no morro estao de ak, as minas de celular
Tá tudo no instagram, antes mesmo de estragar
Ninguém mais quer pixar, quer postar
O jogo tá o bicho esqueceram de apostar
Preocupados com o lixo nuclear
Segurem suas filhas
Que meus manos são os poucos da guerrilha
Que não quiseram parar

Compositores: Luiz Henrique Coli Castilho (Iky Castilho), Victor Correia Alves de Oliveira (Spvic), Pedro Henrique Venturelli Antunes da Silva (Pedro Qualy), Ramiro Castro de Aguiar (Ramiro Mart)
ECAD: Obra #37818982 Fonograma #46357968

Letra enviada por Café Crime

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