O Véio
Joguei meu charme
Mandei flores e e-mail,
Usei de todos os meios pra lhe conquistar.
Ela me disse vá saindo,
Caia fora!
O que eu quero do amor,
Já tenho quem me dar!
Fiquei zangado,
Até mais apaixonado.
Despeitado, injuriado,
Fui tirar satisfação!
Pensei comigo.
Meu rival, meu oponente,
Deve ser inteligente
E um galã alto, fortão!
Foi quando ela apresentou-me um velhinho e disse:
_ É meu gatinho, é meu “Gastosão”!
Ela só quer o “véio”!
Não quer o dinheiro do “véio”.
Menina nova, malhada e sarada.
Dá pra ver que “tá” gamada,
Dá pra ver que é paixão!
Ela só quer o “véio”!
Não quer o dinheiro do “véio”.
O “véio” manda,
O “véio” tá podendo.
Da pra ver que o “véio” é um tremendo “Gastosão”!
Gastosão, o dono do pedaço.
Ela é um mulherão, ela é um mulheraço!
Gastosão, quanta juventude!
O velho tá com tudo!
O velho tem saúde!
Tirando o estresse, tirando a miopia,
Tirando a cardiopia.
O velho tá cem por cento.
Tirando os vermes, tirando a anemia,
Tirando a disenteria.
O véio tá cem por cento.
Tirando a úlcera, tirando a artrose,
A cirrose, a trombose,
O véio tá cem por cento!
Ela jurou que não e golpe do baú,
Não tá afim do tutu,
Tá na cara, Deus tá vendo!
Tirando a tosse e a renite,
A sinusite, a laringite, a faringite
O véio tá cem por cento.
Tirando a gota,
A bursite e a artrite,
Tirando a labirintite,
O véio tá cem por cento
Tirando o passo, mexido de tartaruga,
Tirando um monte de rugas,
O véio tá cem por cento.
Tem um ditado que vem da boca do povo
“O burro velho capim novo e o touro se acha em feto”
Ela só quer o “véio”!
Não quer o dinheiro do “véio”.
Menina nova, malhada e sarada.
Dá pra ver que “tá” gamada,
Dá pra ver que é paixão!
Ela só quer o “véio”!
Não quer o dinheiro do “véio”.
O “véio” manda,
O “véio” tá podendo.
Da pra ver que o “véio” é um tremendo “Gastosão”!
Gastosão, o dono do pedaço.
Ela é um avião, ela é um mulheraço.
Gastosão, quanta juventude!
O velho tá podendo!
O velho tem saúde!
Tirando o olho de peixe,
A barriga inchada e a unha toda encravada
O véio tá cem por cento.
Tirando o jeito
“Seguro, caio ou não caio”,
Os bicos-de-papagaio,
O véio tá cem por cento.
Tirando a água acumulada no joelho,
No ouvido um aparelho,
O véio tá cem por cento!
Ele se irrita se alguém chama ela de anta,
Coitadinha é uma santa,
Está todo mundo vendo!
Tirando a febre, o problema na virilha,
Um monte de nevralgia
O véio tá cem por cento.
Tirando as pedras do rim,
As osteoporoses e um monte de virose,
O véio tá cem por cento.
Tirando a dor de cima a baixo, fora e dentro,
Tirando o esquecimento,
O véio tá cem por cento.
O velho diz: _Não sou Leonardo da Vinci,
Mas eu juro, acredite.
Três ou quatro ainda aguento!
Ela só quer o “véio”!
Não quer o dinheiro do “véio”.
Menina nova, malhada e sarada.
Dá pra ver que “tá” gamada,
Dá pra ver que é paixão!
Ela só quer o “véio”!
Não quer o dinheiro do “véio”.
O “véio” manda,
O “véio” tá podendo.
Da pra ver que o “véio” é um tremendo “Gastosão”!
Gastosão, o dono do pedaço.
Ela é um avião, ela é um mulheraço.
Gastosão, quanta juventude!
O velho tá podendo!
O velho tem saúde!
Gastosão, o dono do pedaço.
Ela é um avião, ela é um mulheraço.
Gastosão, quanta juventude!
O velho tá com tudo!
O velho tem saúde!
Compositor: Elias Muniz Sobrinho (Elias Muniz)
ECAD: Obra #3143164 Fonograma #1713843