Caboclo do norte um mulato forte andava com sorte sempre do seu lado Era conhecido e muito querido em toda redondeza bastante afamado Em toda região era o rei dos peão no serviço de roça e na lida do gado No areio ou trator, capataz, domador era um professor do serviço pesado Não tinha empreitada que ele enjeitava por isso que era tão requisitado
Grandes amizades pois sua humildade era demonstrada de tarde na venda Tocava viola nas rodas de amigos e contava os antigos causos de fazenda Nos bailes da roça dançava e bebia e a poeira subia de baixo da tenda As mocinha solteiras lhe admirava e com elas gastava toda sua renda Até que um dia o conquistador se apaixonou por uma linda prenda
Aquela morena da cor do pecado deixou o coitado desorientado Ficou rindo atoa era outra pessoa gritava pro mundo estou apaixonado Viveram felizes só por algum tempo até o sofrimento chegar tao pesado Ela foi embora partindo com outro deixando o caboclo tão desengando Acabou sua vida garrou na bebida por aquela bandida foi apunhalado
Já não é como antes pois sofre bastante ta no seu semblante a desilusão Quase nem trabalha pois sua batalha é reconstruir seu pobre coração Quem nunca caiu de um cavalo bravo mas foi derrubado por uma paixão Veneno amargo de mulher fingida fica sempre a ferida de uma traição Sei que não existe uma dor mais doida o coice da vida destrói um peão
Compositores: Rafael Henrique Martins Pereira (Rafael Henrique), Celio Morgan Junior (Celio Junior) ECAD: Obra #11253545 Fonograma #21766858