Hoje é o dia mais feliz da minha vida estou dando a despedida dessa selva de concreto Estou voltando novamente pro sertão onde a população jamais passará por perto
Cidade grande me deu muita alegria Riqueza para família. Só tenho que agradecer Mas eu confesso que a minha felicidade tá distante da cidade onde eu quero morrer
Eu trabalhei aqui como um condenado por pequeno ordenado só para me alimentar E foi lutando que eu venci na vida e assim foi construída vontade de regressar
Esse é o motivo que comprei essa fazenda pra viver com minha prenda estes anos quem me resta Viver a vida que eu sempre sonhei nesse lugar que achei quase dentro da floresta
Pois lá eu bom lugar pra se pescar espingarda pra caçar capivara e uns Marrote Grande terreiro e uma extensa horta lindo pasto que suporta a tropa e alguns garrotes Fogão a lenha e uma imensa varanda se olhar por toda banda vai ver uma criação Tem um pomar e muitos pés de ipê e atrás da casa vê alqueires de plantação
Só que meus filhos preferem aqui ficar ainda querem se formar nessa terra de bacana Mas já fizeram para mim uma promessa que vão pra lá fazer festa todo final de semana E minha vida agora é sossegada só viola e trucada Paiero e pescaria Anoitecer deitado em uma rede naquele recanto verde Olhando a lua todo dia
Cidade grande te admiro com franqueza pois você me deu riqueza, conforto e uma família Mas não me deu o ar puro das campinas nem as belezas divinas como a lua que brilha E é por isso que estou partindo agora junto com minha senhora pra aquele mundo de paz Que Deus dê sorte a todos os filhos meus cidade grande adeus! Adeus para nunca mais
Compositores: Rafael Henrique Martins Pereira (Rafael Henrique), Celio Morgan Junior (Celio Junior) ECAD: Obra #11253549 Fonograma #21766855