("Depois de alguns anos de luta sangrenta Vendo o sangue humano correr sobre a terra Surgiu a notícia circulando ao mundo Anunciando a todos o final da guerra
O jovem pracinha de fibra e bravura Que tanto lutou pelo seu país Trazendo as medalhas daquela vitória Para sua terra voltava feliz
Entre a multidão que lhe esperava Ao longe ele viu sua noiva querida Na ânsia do amor correu abraçá-la Recebendo o golpe mais cruel da vida")
Não viu nos teus olhos a mesma ternura E nem um sorriso de amor e esperança Nos braços trazia um lindo filhinho E na mão esquerda uma aliança
Sem ter piedade assim foi dizendo O nosso grande amor a guerra destruiu Os anos passavam, eu fui te esquecendo Em minha vida outro moço surgiu
("Ela foi dizendo ao pracinha Hoje estou casada e me sinto feliz Suplico perdão se eu te magoei Seremos amigos, simplesmente amigos Mas esqueça, porém, se um dia te amei")
Com muita tristeza beijou a medalha Odiando a mulher que tanto o feriu Sentindo no rosto o pranto caindo Entre a multidão sem rumo saiu
Uma fria nuvem de negra tristeza Caiu sepultando aquela alegria Quebrando o silêncio somente uma voz Cheia de amargura distante se ouvia
Assim o pracinha gritava a todos ("Sou um prisioneiro nas grades da dor Eu venci tantas lutas na guerra sangrenta Mas fui derrotado na luta do amor")