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Pomo de Adão

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Pomo de Adão


Todas as histórias se remetem à uma só
Do barro ao barro, e é claro, do pó ao pó
Por isso não é por acaso que esse fardo me dá dó
Nos olhos, uma lágrima e na garganta um nó
Em tempos e dos indivíduos chamado Adão
traído por sua própria costela, que judiação!
Expulso do paraíso até o dia do juízo então
Engolirá a seco o pão pisado pelo próprio cão

Pobre do Adão não teve mais, nenhuma paz, nem teve mãe
Seu pai lhe disse: "filho, é tolice essa bobagem de paixão"
E além do mais, quem ama traz, seu compromisso
Vá trabalhar, pra sustentar, do outro vício
Quando o seu pai morrer quem vai herdar os jardins do paraíso?

Pobre do Adão, um homem bom, não merecia esse destino
Fez o que fez, por não querer, mais uma vez, ficar sozinho
Graças a Deus, que lhe consedeu um tal perdido
Vai ter com seus, que conviver, com esse castigo
Sempre engasgado, que pecado, pelo fruto proibido

Compositor: Raquel De Oliveira

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