Abre também a tua voz e vem comigo Não cantaremos nunca mais o fado antigo. Agora Em cada verso há um homem que não chora E o futuro é o sítio onde se mora. Cantar é ser um pássaro de esperança Poisado no olhar duma criança Que de olhar nunca se cansa. Amigo Vou-te dizer palavras loiras como o trigo Hoje cantar é aprender a estar contigo. Agora Cada palavra tem o gosto duma amora Que a gente apanha e morde pela vida fora. Cantar é ter um sol dentro da voz E repartir o sol por todos nós. Cantar é não estarmos sós. Amigo Vou-te bater com as palavras ao postigo Escuta o sentido das noticias que te digo: Agora Cada canção terá a força duma aurora Que a gente acende e leva pela vida fora. Cantar é ser um pássaro de esperança Poisado no olhar duma criança Que de olhar nunca se cansa. Amigo Não tenhas medo do cansaço ou do castigo A nossa voz dá-nos calor, dá-nos abrigo. A hora É de mandarmos a saudade e o choro embora E noutro fado desgarrarmos vida fora. (bis)
Compositores: Fernando Travassos Tordo (Tordo Fernando), Jose Carlos Pereira Ary dos Santos (Pereira Carlos) ECAD: Obra #14100131 Fonograma #5969073