Carol Naine
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22 de Abril

Carol Naine


Quando o arrastão passou em 22 de abril
Perdeu playboy
Ninguem sabe, ninguem viu
No extrativismo pau-brasil
Não tinha ativismo estudantil
Nem direito civil

Quando plantou-se a cana na monocultura da grana
Implantou-se também o vai em cana
para a monocultura da raça
Trabalho de graça, mordaça
E chamou-se de arruaça qualquer cultura
que passa por terra africana
Da religião a dança
Da cor da pele a trança
Da capoeira na praça

Quando o arrastão passou em 22 de abril
Perdeu playboy
Ninguém sabe, ninguém viu
No extrativismo pau-brasil
Não tinha ativismo estudantil
Nem direito civil

Quando plantou-se a cana na monocultura da grana
Implantou-se também o vai em cana
para a monocultura da raça
Trabalho de graça, mordaça
E chamou-se de arruaça qualquer cultura
que passa por terra africana
Da religião a dança
Da cor da pele a trança
Da capoeira na praça

Quando a corte aportou em uma fuga genial
Encontrou filhos mulatos dentro do canavial
Desapropriou mestiços de uma forma mãe gentil
Estamos na rua desde o arrastão

Quando a corte aportou em uma fuga genial
Encontrou filhos mulatos dentro do canavial
Desapropriou mestiços de uma forma mãe gentil
Estamos na rua desde o arrastão de 22 de abril

Compositor: Carolina de Moraes Rego Naine Reis (Carol Naine)
ECAD: Obra #16335653 Fonograma #12644432

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