Carol Naine
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Coisa Arbitrária

Carol Naine


Raiava o dia quando ele chegou
Batendo porta pelo corredor
Doce melodia que me despertou
Foi buscar uma bebida amarga
Pra jurar o nosso amor
Como fosse uma coisa que valha festejar
Ajoelhou e num imenso gesto canalha ele desmaiou

Ao meio dia o sol anunciou
Que a poesia etílica afundou
E a demagogia se revelou
Foi buscar uma bebida amarga
Pra curar o que passou
Como fosse uma coisa arbitrária
Olha só onde ele chegou
E o tanto que se entregou

Ele não é gari, não é compositor
Ele não tem o metier, nem nada
Ele não é doutor
Ele não é dentista, nem é zelador
Não tem carteira, nem brevê, nem nada
Ele nem faz favor

Raiava o dia quando ele chegou
Batendo porta pelo corredor
Doce melodia que me despertou
Foi buscar uma bebida amarga
Pra jurar o nosso amor
Como fosse uma coisa que valha festejar
Ajoelhou e num imenso gesto canalha ele desmaiou

Ao meio dia o sol anunciou
Que a poesia etílica afundou
E a demagogia se revelou
Foi buscar uma bebida amarga
Pra curar o que passou
Como fosse uma coisa arbitrária
Olha só onde ele chegou
E o tanto que se entregou

Ele não é gari, não é compositor
Ele não tem o metier, nem nada
Ele não é doutor
Ele não é dentista, nem é zelador
Não tem carteira, nem brevê, nem nada
Ele nem faz favor

Ele não é gari, não é compositor
Ele não tem o metier, nem nada
Ele não é doutor
Ele não é dentista, nem é zelador
Não tem carteira, nem brevê, nem nada
Ele nem faz favor

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