Pedreiros de estranhas moradas do mar sabemos poroes e jangadas do açoite ao fogo cruzado nosso sangue amargo derramado
em cada nascimento a mesma cruz cadaver adiado na fila do sus pra nos brancos-pretos-pobres maos de doutor decretando a sorte
esta e a hora irmao esta e a hora irma
nao temos direito ao chao sob os nossos pes so perpetuam troncos para escravos fieis compramos da cana essa parte: lavradores lançados ao abate
ao rebanho assentado nas cercanias aos barracos que a enchente desapropria sobre o caixao a terra sonhada cadeia de massacres, terra adorada Nossos dias sao constelados por furos de balas perdidas o futuro e constelado por furos de balas perdidas
& os tenis importados dançam nas cinzas de galdino & sobre os muros eletrificados o faminto sera assassino
o odio vomitou na esperança nos todos em regime fechado os prisioneiros em dia de cobrança e caimos sempre, sempre do mesmo lado errado