Penso logo escrevo, ansiedade febril Encho de idéias e personagens em um quarto vazio Vejo beleza no roteiro, se não eu morro Entre o barulho das buzinas e o coco dos cachorros Eu to na ruas desviando e subo até a estação Antes eu passo na banca pego uns chicletes no João Tomo uma breja com os caras tem dia que é sagrado Minha mina xinga e enche o celular de recado Tenho direito a preguiça, faço mó corre por isso Nem ví a hora passar, atrasei meu compromisso Mas eu não falho, a gente corta caminho Se eu não fizer ninguém faz, morro frustrado e sozinho Faço por mim, pelos meus, vou fazer pelo mundo Colorindo o cinzento a benção pros vagabundos Contendo um pouco a tristeza deixo fluir o lado bom Eu falo sério brincando e a brisa embala meu som
Deixe de pensar em besteira e pense mais na sua vida
O despertar do relógio sabe porque me empobrece Deixo a euforia de lado porque ela já me conhece Tenho saudade do tempo que nem tinha saudade Um samba antigo no rádio sem mágoa e sem vaidade Coisas que hoje são mais difíceis de ver Vários desviam o olhar e fingem não perceber Que a velha pressa mundana impede nosso cantar Só com o barulho do vento sinto o tempo passar Dias melhores virão é isso que agente espera Me esforço pra acreditar nessa mentira sincera Verso com o passo disperso e ainda penso besteira Malandro depois eu pago que tá vazia a carteira Mário Quintana me inspira uso a preguiça pra criar Eu vou cuidar da minha vida você pensa o que quer pensar
Compositores: Leonardo Henrique Vereda Cunha, Jose Luiz Schener Barbosa, Leonardo Ribeiro Portella ECAD: Obra #29718052 Fonograma #2501148