Cátulo Castillo

El último Café (tradução)

Cátulo Castillo


Ele último café


Vem a sua lembrança em torvelinho

volta o outono ao entardecer

Olho a garoa, e enquanto olho

giro a colher no café


Do último café

que seus lábios com frio

Pediram nessa vez

com a voz de um suspiro


Me lembro teu desdém

Te chamo sem motivo

te ouço sem que estejas

"O nosso terminou"

Disseste em um adeus

De açúcar e de fel...


O mesmo que o café

que o amor, que o esquecimento!

Que a vertigem final

De um rancor sem porquê


E assim com tua impiedade

Me vi morrer em pé

Percebi a sua vaidade

e então eu compreendi a minha solidão

sem para quê...


Chovia e te ofereci o último café

El último Café


Llega tu recuerdo en torbellino,

vuelve en el otoño a atardecer

miro la garúa, y mientras miro,

gira la cuchara de café.


Del último café

que tus labios con frío,

pidieron esa vez

con la voz de un suspiro.


Recuerdo tu desdén,

te evoco sin razón,

te escucho sin que estés.

"Lo nuestro terminó",

dijiste en un adiós

de azúcar y de hiel...


¡Lo mismo que el café,

que el amor, que el olvido!

Que el vértigo final

de un rencor sin porqué...


Y allí, con tu impiedad,

me vi morir de pie,

medí tu vanidad

y entonces comprendí mi soledad

sin para qué...


Llovía y te ofrecí, ¡el último café!


Compositor: Música: Héctor Stamponi Letra: Cátulo Castillo

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