Eu vou dizer, mas deixa eu respirar O mudo tá virado e não tem como desvirar As idéias são do avesso, humanidade singular Cada um no seu contexto uma guerra particular Não se tem mais coletivo é cada um por si e vai jogar Os coletes de poliéster agora são de kevlar Estresse, depressão e transtorno bi-polar Espécies sendo extintas, vendo ilhas afundar Vários morrem, vários nascem e vários querem escapar Vários riem, vários sofrem e vários temem não aguentar
E os anos passam sociedade mudando Os corações congelando homens se adaptando E os anos passam cidades vêem aumentando A fauna perdeu o mando Pra condomínios e prédios urbanos Valores numéricos iludem humanos Cifrões objetivos de planos Olho por olho dente por dente Me diz ai como ficamos?
(refrão) Temos escolhas tudo que passar daqui pra frente Nas horas ruins ou nas horas boas Os tempos mudaram os homens criaram Máquinas, programas Na sociedade onde o dinheiro é que manda As regras são outras Tudo que passar daqui pra frente Nas horas ruins ou nas horas boas Os tempos mudaram os homens criaram Máquinas e bombas na sociedade onde O dinheiro é que manda O dinheiro é que manda O dinheiro é que manda
Ódio, angustia, remorso, e Medicamentos genéricos Tripulando a nave mãe E no espaço, jogados Vagam crianças deixadas Pacientes em cama Nosso futuro em cana Em tão desencana dessa ideia Um pause no mp3 que rola claudia leite Mas não que ouvir o grito de dor De um hospital trasbordando de gente
Prefeitura não entende e não ajuda ninguém Prefeito age paciente fazendo o povo de refém No cativeiro têm drogas, smarthphones, bebidas Balas, pentes, hornets prata, meu, da cor da neblina Que faz o moleque bota responsa desde muito cedo Dois balaço no peito agora tem muito mais respeito Chora reza com um terço na mão Agora pede ajuda pra muda 1/3 da situação Como uma provação que flor no lixão vinga O monopólio do dinheiro movendo almas famintas