Yeah César Mc Do morro do Quadro pro mundo Das batalhas, pra guerra
É que o pai não ta full Tipo Sun tzu Catando meus cacos Arte em meio a guerra? De fato! Enquanto a alma berra fracasso em meus atos Eu faço por amor e isso não é teatro É pela periferia escura e isso é claro Mas essa hipocrisia satura e eu to farto Pois quando eu sangrei foi sozin no meu quarto Então não me peça pra por poesia no prato, não Militança, jão? É gueto em ascensão! Para lutar por pão e também resistir Quantas vez irmão? Enquadro sem noção Taxado de ladrão e eu tive que assistir Dizem que é ficção, sobe nas facção Se acha que é ilusão, é só subir aqui O mundo é frio e vão, gotas de sedução Caminho nesse chão mas eu não sou daqui
Eu não sou daqui E não ando só Mas eu tenho amor
Se essa for a minha última letra Avisa pro rap que eu sai do jogo Virei madrugada sangrando a caneta E suando pra cena que aplaude tão pouco Então se essa for minha ultima letra Avisa pra Deus que ele tinha razão O mundo é imundo e o medo do fundo É o que embaça a resposta que traz salvação Avisa aos meus manos que o crime é cilada O brilho da trilha é mais uma emboscada O tudo é só nada e nada diz tudo Vão dizer: Dá nada, até que se vá tudo Então se essa for minha última letra Avisa ao papai que desculpa, o errado sou eu E a mamãe que bem que ela avisou Inventei de sonhar sem sombrinha lá fora e choveu
Yeah, yeah Ahn O mundo é mal irmão, o caos é nítido Joga ou recua, então, não vou menti pra tu Se o assunto é rua jão, esquece o sindico!
Bando de sínicos, corrompem vínculos No limite tô, e é bom que evite o Se os sonhos vão ao chão, então levite-os Asas se formaram em precipícios Dane-se o mundo são, eu vim do hospício Lá fiz o meu sarau, saí invicto Se a era informação traz suicídios A fé é a explicação além dos livros E o meu flow é um pitbull em meio essa treta Farejo justiça até o fim da ampulheta Maldade de terno, gravata e prancheta Mas mesmo no inferno eu abraço a caneta Buscando sonhos na lage, eu corto e aparo Eles querem meu mal e eu já sinto no faro Quem tá na maldade sempre dá sinal E eu tipo motô do busão, até vejo mas não paro
Se essa for minha última letra Se essa for minha última letra Avisa pra ela que o sorriso dela não tem mais efeito, não A droga do sorriso dela, que a deixava tão bela Mesmo eu sendo fera, meu tempo parava Pra ver seu sorriso perfeito Ahn, do morro do quadro pro mundo Eternizando freestyle na esquina Eu rimei pra ter tudo que tenho (tudo que tenho) Mas tudo que tenho é a próxima rima
E na quebrada escuto plaw Lá de fora o tiro mata o menino Que voltava do trampo pro morro O que fica são prantos da mãe O latido dos cães e gritos de socorro Pipas e drones, o home e as cores Na terra de iphones siringas e flores Avisa aos irmão que diz que o rap é união Que vão mudar de opinião se pisarem nos bastidores Se essa for minha última bala Miro na depressão até a última linha Pois vidas que se vão num sentimento de ilusão Mas malandra é a solidão que nunca caminhou sozinha! Me jogaram no fundo do poço Lá trombei com a Samara, a famosa menina Chorando ela me disse: Cuidado, seu moço Da última vez que subi tinha monstros lá em cima E se essa for minha ultima frase Confesso que sempre escutei os ateus O louco é que tudo que eles disseram, ahn De alguma forma me leva pra Deus
Compositores: Lucas Malak, Norberto Pereira da Silva Filho (Blakbone), Yan Cardoso de Oliveira (Slim), Gustavo Miguel Vinicius dos Santos, Cesar Resende Lemos (Cesar Mc) ECAD: Obra #29511775 Fonograma #18307360