A tropa grande, marca de "S", do "Eduardo Soares", Índo buenacho, cria dos "Guerra" lá de "Santana". Atrês "ontonte" saiu do "Carcáveo" batendo água E eu vou na estrada, ressabiando as mágoas num florão de "zaina".
"Moreno Augusto", não facilita na volta do passo Mete o "Picasso" e afina a ponta dessas vaquilhonas Ajuda o "Kiko" a fazer um fiador no que termina o mato Já que o "Mulato" vem costeando o beiço de uma redomona.
Trezentas novilhas, pêlo fino, tudo sobreano Que todos os anos vão pra recria lá na "Guabijú" É pra entregar pro seu "João Barbosa" sem faltar nenhuma Gado bem cruzado, de raça "das buena" Em "Pampa" e "Poliango", sangue de "Zebu".
Já faz muito tempo que eu ando na lida empurrando tropa Levando na estampa um resto de pampa que ainda não se foi E dentro d'alma, muitas rondas calmas com cheiro de pasto Cortando distância, seguindo o rastro... De um futuro incerto e de casco de boi.
Eu vou na frente pra achar boa aguada e pendura um "consumo" O horizonte é o rumo da sina estradeira e sempre que se pode Se desencilha, numa sombra grande, num jeitão gaúcho Pra se "dá" o luxo de, vez por outra, "engraxá" o bigode.
O tempo arisco, já vem mermando na tarca dos dias E a gadaria berrando triste, cansada da estrada Mas menos mal que amanhã de tarde "entregamo" a tropa E num trote chasqueiro, "largamo" de volta "Loco" de saudade da mulher amada.