Charme Chulo
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Dia de Matar Porco

Charme Chulo


Quando Anselmo grita: "hops! " É de arrepiar
Carnear um leiton dá água na boca
Era o meu amigo, mas pra festa teve que matar
Os colonos pedem chops tipo artesanal, os canecos vão
ao alto: "hau, hau, hau! " Ninguém pode mais parar, chegou a
Banda da Salsicha! Vira o maior agito tuto chunto reunito
Mas solito eu só vejo a alegria primitiva e o povo a
dançar. Obrigado a esconder o meu lado mais sentimental
É dia de matar porco, como pra viver e vivo pra comer

A bebida relaxa a autocensura
Fica informal a nossa conversa
No desabafo da desventura
Nem libertação animal nos resta
Traídos pela própria natureza
A mente não aceita, o corpo se entrega
A uma noite pesada, pesadelo
Na digestão amorosa

Faca, medo da vida, cheiro de pinga (pinga)
Carne, medo da morte, falta de sorte (sorte)
Eu não queria estar na pele do Toninho
Crucificado pelo sistema bruto

Toninho quer cavar a própria sepultura (tura)
Ele ta cansado do seu ato de nazismo (ismo)
Eu não queria estar na pele do porquinho
Crucificados pelo sistema bruto

Compositores: Leandro Delmonico Filus (Leandro Delmonico), Igor Marcel Martelosso Filus (Igor Filus)
ECAD: Obra #15367401 Fonograma #9397287

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