(refrão) Na casa da rua do sonho Moro com a realidade E nela eu me envergonho Por não sentir-me a vontade
E nessa realidade tem muita coisa errada A nossa sociedade tá com a cara vendada Muita criança na rua vivendo em prostituição Chairando cola e roubando o crime é a primeira liçao (reafrão) Alí bem perto a madame, rica, feliz e bendita Não sabe o que é passar fome, nisso ela nem acredita Leva a cadelinha "bamby' no pet shop da fita Gasta mil reais por mês pra bichinha ficar mais bonita (refrão) E lá na roça coitado, sou um matuto penando De dia um sol danado de noite a barriga roncando A fome é sempre constante, por dia uma refeição É feijão com rapadura, pra dormir só tenho o chão (refrão) Enquanto isso os "omi" lá no planalto central É mensalão, sanguessuga, tem vampiro, tem laláu É o dinheiro do povo na cueca e no calção Não temos mais segurança, saúde é cáos de plantão (refrão) Mas isso ainda tem jeito, é só maria e joão Tirar seu voto do cesto, do curral, do panelão Vamos cortar o cabresto e arrancar o mourão Que o prêmio dessa historia é uma nova nação
A casa da rua do sonho Pede reforma doutor Pra que eu não mais me envergonhe De ser um seu morador.
Compositor: Francisco de Assis Rodrigues Sousa (Chico de Pombal) ECAD: Obra #12774548