Poço soberbo, gigante Que a natureza criou Fonte viva exuberante Que o tempo nunca secou Quem a ti acrescentou Este nome de Sant’Ana Foi pro força sobre-humana Ou herança na verdade Da religiosidade Da família lusitana.
Dos primeiros habitantes Foste o acerto dos banhos Marco de lendas constantes Sobre animais estranhos Abasteceste os rebanhos Dos antigos criadores Primitivos moradores Viveram e morreram aqui A glória de mil pendores.
Fonte que a muitas vivendas Nunca água lhes negou Cenário de muitas lendas Que o tempo nunca apagou Quem de ti se aproximou Encontrou seguro abrigo Venceste o tempo inimigo Nunca ficaste na lama Serviste de panorama Aos olhos do povo antigo.
Tu és, poço de Sant’Ana, Orgulho de Caicó Tua imagem se irmana À do poço de Jacó Pois o rio Seridó Aterrar-te não aceita Tua forma é tão perfeita Que a própria areia do rio Rola fazendo desvio Passa ao largo e te respeita.
Assististe no passado, Na época dos tempos idos Um lugarejo isolado Dos centros desenvolvidos Alguns prédios sendo erguidos Mas de forma diferente Caras de estranha gente Que aqui aparecia Sem saber como seria A Caicó do presente.
O teu passado oferece Um suntuoso critério Jamais houve quem pudesse Desvendar o teu mistério Desde o Brasil Império Que o homem aqui chegou Fronteiras atravessou Vencendo grande distância Devido a tua abundância Satisfeito aqui ficou.
Testemunhasse a ação Da bravura dos nativos Assististe a servidão Dos pobres negros cativos Homens brancos atrativos Que aqui se alojaram De ti muito precisaram Pela visual potência Em face da sobrevivência No arraial que fundaram.
O teu nome apareceu Na remota antiguidade A tua fama cresceu Pela naturalidade A tua infabilidade Consta no tempo presente Que tu foste antigamente O apanágio do povo E poderá ser de novo, Quem sabe, futuramente.