Ao voltar do ganha-pão, Para o lar que fui amado, Estressado vime então, Vendo o lar abandonado.
No seu berço o meu filhinho, Embuçados os olhos seus, E sobre o berço num cantinho, Uma carta e um adeus.
Me passaram pela mente, Mil idéias de vingança, Quis partir, mas de repente, Ouvi um grito de criança.
Era meu filho que chorava, Como um cão que perde o dono, E com os bracinhos implorava, Que o ninasse para o sono.
Isso foi a vinte anos, Nunca mais pensei sofrer, Hoje novos desenganos, Eu posso descrever.
Fui num baile apresentado, A um rostinho encantador, Que me disse meu amado, É teu filho, meu senhor.
Foi pedir em casamento, Pro meu filho, meu João, E ao voltar por um momento, Tinha amor no coração.
Nada pude lhe dizer, Mas meu filho adivinhou, Que acabava de perder, A mulher que tanto amou.
Quis meu filho a seguir, Conforma-la para mim, Que comigo não podia, E minha vida terá fim.
Lá se foi e só voltou, Com a jovem pela mão, De joelhos implorou, Que lhe desse meu perdão.
E dalí partir queria, Caso eu lhe permitisse, A vizinha Pretoria, Quando alí então lhe disse, Essa jovem que te engala, Tão formosa e tão moça, Tu não podes desposa-la, Porque ela é tua irmã....
Compositores: Ademar Fernandes Balieiro (Prainha), Euripedes Carlos da Silva (Praiao) ECAD: Obra #4678422 Fonograma #21907