Me responda
Eu moro em uma casa sem varanda sem telhado
Onde não tem nem mesmo abelhas em potes de geléia
Há ainda nenhum pássaro, nem mesmo a natureza
Não é nem mesmo uma casa
eu deixei, passando algumas palavras na parede
Do corredor que leva até o estacionamento de carros
algumas palavras para o grande
Nem mesmo os insultos
Se alguém ouve
me atender
me atender
Meu coração está com medo de ser emparedado em suas torres de gelo
Condenado a ruído de passar caminhões
Ele que sonhava em campos estelares, coleiras de narciso
Para pendurar os ombros de meninas
Mas de manhã leva você correndo para seus hábitos
E à noite perfurar sua antena está ligada à solidão. Lu
E a cheia brilha
O que sopra o vento sul
Você, você não ouve
e vejo que passa seus belos cães para gelo olhos
Desgastado em almofadas que os professores abraçam
Para tocar a mão, é senhas necessárias
Para tocar a mão
me atender
me atender
Meu coração está com medo de ficar atolado em um espaço muito pequeno
Condenado a ruído de passar caminhões
Ele que sonhava em campos de estrelas e narcisos chuvas
ombros abrigo de meninas
Mas último fadas busca a sua varinha
Meu amigo, o riacho dorme em uma garrafa plástica
As estações do ano são votados os pés de árvores sintéticas
Há mais de mim
E eu vi em minha casa sem varanda sem telhado
Onde não tem nem mesmo abelhas em potes de geléia
Há ainda nenhum pássaro, nem mesmo a natureza
Não é nem mesmo uma casa
Repondez-moi
Je vis dans une maison sans balcon, sans toiture
Où y a meme pas d'abeilles sur les pots de confiture
Y a meme pas d'oiseaux, meme pas la nature
C'est meme pas une maison
J'ai laissé en passant quelques mots sur le mur
Du couloir qui descend au parking des voitures
Quelques mots pour les grands
Meme pas des injures
Si quelqu'un les entend
Répondez-moi
Répondez-moi
Mon cœur a peur d'etre emmuré entre vos tours de glace
Condamné au bruit des camions qui passent
Lui qui revait de champs d'étoiles, de colliers de jonquilles
Pour accrocher aux épaules des filles
Mais le matin vous entraîne en courant vers vos habitudes
Et le soir, votre foret d'antennes est branchée sur la solitude
Et que brille la lune pleine
Que souffle le vent du sud
Vous, vous n'entendez pas
Et moi, je vois passer vos chiens superbes aux yeux de glace
Portés sur des coussins que les maîtres embrassent
Pour s'effleurer la main, il faut des mots de passe
Pour s'effleurer la main
Répondez-moi
Répondez-moi
Mon cœur a peur de s'enliser dans aussi peu d'espace
Condamné au bruit des camions qui passent
Lui qui revait de champs d'étoiles et de pluies de jonquilles
Pour s'abriter aux épaules des filles
Mais la dernière des fées cherche sa baguette magique
Mon ami, le ruisseau dort dans une bouteille en plastique
Les saisons se sont arretées aux pieds des arbres synthétiques
Il n'y a plus que moi
Et moi, je vis dans ma maison sans balcon, sans toiture
Où y a meme pas d'abeilles sur les pots de confiture
Y a meme pas d'oiseaux, meme pas la nature
C'est meme pas une maison
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