Saiu apressada de sua casa

Com sua saia curta

Ele a esperava na parada

tinha mais de uma hora

E não lhe disse nada

Ela queria se divertir

E não lhe disse nada

E se subiram no dez

Tirou um bilhete duplo até Palermo

Ela o olhou e acreditava compreendê-lo

E não lhe disse nada

Ela queria se divertir

E não lhe disse nada

E desceram do dez

E era de noite e a abraçava

E não lhe disse nada

Sentiu sua mão em suas costas

E não lhe disse nada

Acariciava-a devagarzinho

E não lhe disse nada

E de repente chegou Tito

Que cagada!

Não lhe disse, não lhe disse, não lhe disse, não lhe disse nada

Nunca disse, nunca disse, nunca disse, nunca disse nada

No verão foram juntos,

Foram juntos para a praia

E ele gostava de ir as rochas

E ela nunca se negava

E... não lhe disse nada

Ela queria se divertir

E não lhe disse nada

já não se portavam bem

E levou-a para uma gruta entre as rochas

Tinha um colchão, vinho e vodka

E não lhe disse nada

Ela queria se divertir

E não lhe disse nada

Nunca se portava bem

E era de noite e a abraçava

E não lhe disse nada

Sentiu sua mão em suas costas

E não lhe disse nada

Acariciava-a devagarzinho

E não lhe disse nada

E de repente chegou Tito

Não lhe disse, não lhe disse, não lhe disse, não lhe disse nada

Nunca disse, nunca disse, nunca disse, nunca disse nada

Disse não lhe disse nunca nunca disse não, nunca, nunca disse nada

Nunca lhe disse, não lhe disse, não lhe disse nada.

Um dia conversando se deu conta

Que ela nunca dizia nada

Um dia conversando

E com muita ternura, lhe disse

Lhe disse, menina você é muda!

Era muda, era muda, era muda, a menina era muda

Era muda, era muda, era muda, a menina era muda

Nunca disse, nunca disse, nunca disse, nunca disse nada,

Disse não lhe disse nunca nunca disse não

Nunca disse nada

Não lhe disse, não lhe disse, não lhe disse, não lhe disse nada.