Clara Gurjão
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Quando o Galo Cantou

Clara Gurjão


Quando o galo cantou
Ainda estava agarrado ao seu pé e à sua mão
Uma unha na nuca, você já maluca
De tanta alegria do corpo, da alma
E do espírito são

Eu pensava que nós não nos desgrudaríamos mais
O que fiz pra merecer essa paz
Que o sexo traz?

O relógio parou
Mas o sol penetrou entre os pelos brasis
Que definem sua perna e a nossa vida eterna
Você se consterna e diz
"Não, não se pode, ninguém, pode ser tão feliz"
Eu queria parar
Nesse instante de nunca parar
Nós instituímos esse lugar
Nada virá

Deixa esse ponto brilhar no Atlântico Sul
Todo azul
Deixa essa cântico entrar no sol
No céu nu
Deixa o pagode romântico soar
Deixa o tempo seguir
Mas quedemos aqui, deixa o galo cantar

Quando o galo cantou
Ainda estava agarrado ao seu pé e à sua mão
Uma unha na nuca, você já maluca
De tanta alegria do corpo, da alma
E do espírito são

Eu pensava que nós não nos desgrudaríamos mais
O que fiz pra merecer essa paz
Que o sexo traz?

O relógio parou
Mas o sol penetrou entre os pelos brasis
Que definem sua perna e a nossa vida eterna
Você se consterna e diz
"Não, não se pode, ninguém, pode ser tão feliz"
Eu queria parar
Nesse instante de nunca parar
Nós instituímos esse lugar
Nada virá

Deixa esse ponto brilhar no Atlântico Sul
Todo azul
Deixa essa cântico entrar no sol
No céu nu
Deixa o pagode romântico soar
Deixa o tempo seguir
Mas quedemos aqui, deixa o galo cantar

Compositor: Caetano Emmanuel Viana Teles Veloso (Caetano Veloso)
ECAD: Obra #6754963 Fonograma #2592965

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