Colorido Artificialmente
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Volta de São Paulo

Colorido Artificialmente


E é só...
O que resta de mim é você
O que sobra de nós é o que me faz ver
Que a dor é mais que o fim

Foi aceitar que o mar guia o barco
E o tempo escolhe se usa o nosso guidon
O meu maior medo é um dia ficar cego
O segundo era o que agora somos nós

Ela ensaia um réquiem em sol
E eu falo das bobagens daqui
Que a vida pode ser o que não foi
Cria-se um nome pra existir

E é o sol
Que a fumaça esconde aí
O tempo que repartiu o medo
Quando este viu a razão de existir

Pela estrada ia atrás de uma alegria póstuma
O fato é que nem se sabe se algo morreu
Que trato não espera para um dia ser quebrado?
E o tempo ainda diz o que agora somos nós

Ela senta ao ouvir minha voz
E eu falo o que só se pode sentir,
Que o mundo não foi feito pra nós
E que há de haver acasos que nos façam sorrir

Compositor: João Guilherme Dayrell

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