("No alto lá da montanha Numa casa bem estranha Toda feita de sapé Parei um dia o cavalo Por causa de dois estalos Que ouvi lá dentro batê
Pela réstia da janela Vi uma luzinha amarela De um lampião quase apagando Vi uma cabocla no chão E o cabra tinha na mão Uma arma lumiando
Ouvi um gemido perfeito De uma voz cheia de dor Você Tereza descansa Jurei de fazê vingança Pra morde do meu amor
Virei meu cavalo a galope Risquei de espora e chicote Com a pressa de chegá Desci a montanha abaixo Galopeando o meu macho O seu doutor fui chamá
Vortamo lá pra montanha Naquela casinha estranha Eu e mais o seu doutor Encontramos o cabra assustado Que chamando nós prum lado A sua história contou")
Há tempo eu fiz um ranchinho Pra minha cabocla morar Que era ali o nosso ninho Bem longe desse lugar
No alto lá da montanha Perto da luz do luar Vivi um ano feliz Sem nunca isso esperar
E o tempo foi se passando Pensando em ser tão feliz Mas a Tereza, doutor Felicidade não quis
Pus meu sonho neste olhar Paguei caro o meu amor Por causa de outro caboclo Meu rancho ela abandonou
Senti meu sangue ferver Jurei a Tereza matar O meu alazão arriei E ela eu fui procurar
Agora já me vinguei É este o fim de um amor Essa cabocla eu matei É a minha história, doutor
Compositores: Joao Baptista da Silva (Joao Pacifico), Raul Montes Torres (Raul Torres) ECAD: Obra #186 Fonograma #3522