Encruzilhada da Vida
Quando um dia meu peito cansado
Já sem forças parar de cantar
E a minha viola sem cordas
Pendurada num canto ficar
Neste tempo, você moreninha
Soluçando talvez lembrará
Dos prazeres que você outrora
Deixou ir embora sem aproveitar
É por isso que eu digo, morena
Neste mundo devemos gozar
Um beijinho não tira pedaços
E um abraço não vai machucar
Pois a vida é uma simples fumaça
Com o vento se apaga no ar
Quem não goza sua mocidade
Vê sem piedade a velhice chegar
Você é como a pombinha arisca
Que fugiu, se escondeu no pomar
Venha ouvir minha voz na janela
Venha ver como é lindo o luar
Como é bela a estrada do mundo
Onde nós bem podia passear
E juntinho a uma fonte chorosa
Palavra amorosa eu vou te falar
Quando um dia os teus olhos sem brilho
Vê chorando esta vida acabar
E olhando o passado distante
Do que foi só nos resta lembrar
Esta é a encruzilhada da vida
Que nós todos devemos passar
E talvez neste fim de caminho
Nós dois bem velhinhos vamos se encontrar
Compositores: Joao Rosante (Marrueiro), Jose Fortuna (Ze Fortuna)
ECAD: Obra #37458 Fonograma #3280774Ouça estações relacionadas a Conselheiro e Ouvidor no Vagalume.FM