Todos da mãe da Pátria filhos, Sustentados por um gigolô. É sempre assim, a toda sorte, Mais um plano que errou. Não é demais reconhecer Que aqui não existe perfeição, Mas me curvar a outro idioma, É tão pior quanto ser ladrão! Ô, brasileiro, seu projeto de estrangeiro! Ô, brasileiro, só te chamam pra ser pedreiro!
Um dia eu vou pra Disneylândia, Pra gastar quanto eu quiser. E falarei que os brasileiros São sempre cheios de "axé"! Um dia, eu vou subir na vida, E assim que vier a minha vez, Irei direto pras colunas: - Meu grande sonho de burguês!
Ó pátria amada, mãe gentil, Não vá pra puta que que pariu! E quem se há de desculpar? Que filhos teus vão te honrar? Se a nossa fraca esperança, De formar uma nação, Resiste tonta, em panfletagem, Em prol de uma falsa revolução? (sempre aquela falsa revolução!)
E o que esperar de novidades, Se o marasmo é geral?! Só no Brasil que pilantragem É uma atitude até banal! Até que existe valentia, Pra expor o que é realmente mal. Tudo resiste pouco tempo, Pra se acabar no Carnaval!