Juntem as forças pra seguir nessa jornada Busquem as forças pra lutar na sua própria batalha A poeira subiu de ambos os lados Arames farpados olhos e punhos fechados cerrados A face marcada pela mesma vida seca como a terra rachada Uma sombra densa e pesada eclipsando o que há de melhor na sua alma O verdadeiro terror mais sufocante que o calor Essa é a sua jaula Os desertos se encontram de várias formas Seja no espírito no solo ou na mente através de idéias tortas Que produzem gente morta em escala industrial
Guerra pela terra A pedra contra o tanque Guerra altera a terra nada será como antes
Na inversão dos papéis do pequeno Davi contra Golias o gigante Como os barões das mega corporações Gigante como o coronelado dos grandes e pequenos sertões Como vários e vários e vários Ubiratans Com seus sanguinários batalhões Que na sua prepotência e ignorância bélica Não conseguirão perceber a força e a chegada certeira daquela pedra
Juntem as forças pra seguir nessa jornada Busquem as forças pra lutar na sua própria batalha
Um beijo seco no portão do teu ouvido Quebrando cercas pra chegar na nossa mira A pedra curte a bala corre e voa A pedra fura bala transpassa A bala é quente e a pedra é pura como um gole de cachaça Velho como teu projeto louco Forte como quem chora de medo
Guerra pela terra A pedra contra o tanque Guerra altera a terra nada será como antes
Escuto em alto-falantes aquele som de cimento dessa muralha sem fim E o desejo a pedra e a bala A santa paz fora do jogo Pois o que fala alto é pedra e bala Naquela praça onde as crianças brincam Naquele prédio perto das estrelas Naquele circo no qual quando chove não há espetáculo.
Compositores: Moises Clayton Barros da Fonseca (Clayton Barros), Jose Paes de Lira Filho (Lira), Bernardo . ECAD: Obra #2235986 Fonograma #1047596