[Deci] Derrubei a torre de Babel Quando não me senti mais próximo do céu Sou réu confesso Sem advogado de fato julgado e condenado ratos disfarçado Teto baixo Meu flow mixado Nesse cartel me vejo como o mais brabo Sorriso falso e cês são também Falam pelas a costas e perguntam se eu tô bem Nem vem que hoje não sou mais fraco Me restam traços desses laços firmados Capto seu sistema falho Tropeçou no próprio ego atrás de atalho Falo e te calo, chapo Rimo, seco canetas O efeito ainda serve como uma tarja preta Vivo minha letra e sinto meu som Uns falam de sorte, eu falo de dom No mundo do Don o Nordeste vence É quente! é quente, só que nóiz vende Em frente tem que se pensar Casa em Iracema na Beira do mar O foda é conquistar mas a luta não falta O foco é não parar minha atitude em alta Corações viram casas Desde dos primeiros versos E eu queria ser eterno Caos externo eu tô de passagem Não se apega não Fim da minha viajem Vou deixar pra vocês se matar e dividir Um pouco do Deci Eu vi todo mundo duvidar Senti o medo querer me matar É preço que se paga por querer sonhar Eu sou o caos e isso que vai me levar, chapa
[Madu] E eu encontrei a margem do horizonte razões que me manteve andando Se hoje eu sorri se hoje eu te vi, se a vida ainda está clareando Eu te espero lá Onde o caos e a paz permanecem amando
[Hamal] Brabo novamente Fim do expediente Vê se sente que a cada palavra o psyco encalha Olhos que não se retalha Perdida mais uma batalha Fracasso que se espalha Vitórias que não cobrem falhas Promessas diversas Suas rezas não atendidas Solta o Rap, larga o trap Enquanto eu questiono a vida Vidas redigidas e eu guardo vidas na minha gaveta Experimentando pra ver qual combina com a minha bombeta Com a caneta eu sou treta nego Se dilui o gueto Nos versos quartetos e tercetos E eu vou cantar o soneto Do medo, e o pleno pensamento Se o amor preenche as pessoas Ele é um falso sentimento As mesmas vazias por dentro E vazios sons, escuros tons Ocultos dons, tímido e versando Secretamente como maçons Picasso na análise, e eu vi Guernica E Vilacity queimarem antes de O poeta escrever pelo seus asfaltos também Poucos veem Que é possível destruir cordas vocais como se fosse Kurt Cobain Poesia química, ácida Crônica, clínica Sardônica, clássica Trágica história, e eu acordo sem ela Abre a janela, vejo que o vento levou as memórias dela Eu canto pro Sol, canto pra ela No canto compondo pro encanto da personalidade mais bela
Dia Quente, coração frio e uma mente a mil De novo a boca da solidão Com uma voz doce e a vida por um fio Mudança e andança, um bilhete e uma dança A caneta pesa um fardo Enquanto seu corpo pra estrada se lança Quando o tempo é o vilão irmão Nossa percepção entra em desuso As nuvens estão cada vez mais perto Pra poetas cada vez mais confusos
[Madu] E eu encontrei a margem do horizonte razões que me manteve andando Se hoje eu sorri se hoje eu te vi, se a vida ainda está clareando Eu te espero lá Onde o caos e a paz permanecem amando