Crepúsculo e o abraço dela
Quando o sol passou sobre o lago sem ondas
E a névoa rouba com tranquilidade
Lobos das 13 bruxas* curvam o dissonante misterioso deles
Em adoração à lua e a ti
"eles clamam como eu a ti..."
E eu chegarei, como se em sonho
Minha lânguida, obscura e esplêndida Rainha Malaresian
De uma antiga raça vingativa
Dourada com as peles de muitos inimigos
Erishkigal, de cabelos negros como um corvo (2)
Tua sedução assombra o castelo em desespero erótico
Eu posso provar tua fragrância à luz de velas
Pernas de porcelana traçadas e atadas ao covil deles
Saciam a besta em lençóis respingados
Tingidos de vermelho sobrenatural
Enquanto a sobriedade lamenta
Eternidade noturna...
Ela virá para mim
Uma pintura de veludo negro
Apresentada à vida elegante
Como uma Madonna pungente
Pervertida junto à noite
E eu cavalguei da luz ocidental
Para usufruir minha luxúria
Rasgue o traje fúnebre
Saiba que eu escaparei da minha morte
Entregue ao esplendor
De sua carícia afiada
Vejam! o luar pálido
Tece um feitiço poético de morte vital e declínio
De névoa, mariposas e da fome interior
Beijos levaram à febre e a febre, morte
"através do crepúsculo, da escuridão e do nascer da lua
Minhas lágrimas escarlates irão escorrer
Como sangue roubado e amor sussurrado
De fantasias desfeitas"
Condessa envolta em ébano
E graça branca como balé
Lábios avermelhados alcançam o desejo
Por luxúria e a desgraça dela
Crepúsculo e o abraço dela
Devemos voar através das sombras
Como um sonho de lobisomens na neve
Debaixo da beladona (3)
Ainda aquecidos com as matanças do arrebol
Sob as estrelas tua carne me atormenta
(sob as estrelas prove a morte em mim)
Deixe-me de herança teu beijo ardente
Para cortar a fraca mortalidade
Elizabeth
Meu coração é teu
Tuas palavras perfumadas
Aquecem por dentro como vinho...
"deixe-me vir até ti
Com olhos como Asfódelo (4)
O reflexo da lua, liberta os desejos
Para se contorcer sob o meu encanto"
Erishkigal, de cabelos negros como um corvo
Tua sedução assombra o castelo
Em desespero erótico
Eu conheço tua fragrância à luz de velas
Carne imortal eu anseio compartilhar
Saciar a besta em lençóis respingados
Tingidos de vermelho maléfico
Enquanto a sobriedade lamenta
Eternidade noturna
Ela virá para mim...
Estenda teus membros, Súcubo ofegante (5)
Como a névoa que encobriu tudo
Revela a noite para nós...
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(1) covened (coven) = uma reunião de 13 bruxas
(2) ereshkigal = para os sumérios e acadianos,
a deusa da morte e do mundo subterrâneo,
irmã de ishtar a deusa do céu.
(3) deadly nightshade (beladona) = Solanácea venenosa,
muito empregada em medicina como sedativo
(4) asphodel (asfódelo) = tipo de plantas do gênero asphodelus
e da família das liliáceas, com flores em longos racemos eretos.
(5) succubus = no folclore medieval europeu,
súcubo era um demônio feminino que vinha à noite
copular com um homem, perturbando-lhe o sono e
causando-lhe pesadelos. sua contraparte masculina
chama-se incubus (traduz-se, incubo).
Dusk And Her Embrace
When the sun has swept upon the waveless lake
And the mists steal in with ease
Covened wolves arc their eerie dissonant
In adoration of the moon and thee
"They call as I to thee..."
And I will come, as if in dream
My languid, dark and lustrous Malaresian Queen
Of vengeful, ancient breed
Gilded with the pelts of many enemies
Erishkigal, raven-haired
Thy seduction haunts the castle in erotic despair
I can taste thy scent by candlelight
Legs of porcelain traced and laced to their lair
Appease the beast on spattered sheets
Dyed unearthly red as sobriety weeps
Nocternity...
She shall come for me
A black velvet painting sprung to elegant life
Like a poignant Madonna perverted to night
And I have ridden from the westerning light
To expend my lust
Tear away the funereal dress
Know that I will escape from my death
Surrendered to the splendour of her sharpend caress
Lo! The pale moonlight
Weaves a poetic spell of vital death and decline
Of mist and moth and the hunger inside
Kisses took to fever and fever, demise
"Through twilight, darkness and moonrise
My scarlet tears will run
As stolen blood and whispered love
Of fantasies undone"
Countess swathed in ebony
And snow-white balletic grace
Rounge-filmed lips procure the wish
For lust and her disgrace
Dusk and her embrace
We shall filt through the shadows
Like a dream of (were)wolves in the snow
Under deady nightshade
Still warmed with the kill's of afterglow
Beneath the stars thy flesh bedevils me
(Beneath the stars taste the death in me)
bequeath to me thy fiery kiss
To sever thin mortality
Elizabeth
My heart is thine
Thy fragrant words
Warm within like wine...
"Let me come to thee
with eyes like Asphodel
Moon-glacing, loose desires free
To writhe under my spell"
Erishkigal, raven-haired
Thy seduction haunts the castle in erotic despair
I know thy scent by candlelight
Immortal flesh I yearn to share
Appease the beast on spattered sheets
dyed malefic red as sobriety weeps
Nocternity
She shall come for me...
Unfurl thy limbs breathless succubus
How the full embosomed fog
Imparts the night to us...
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