("Amigos, prestem atenção Até que ponto cheguei Como artista e poeta Eu jamais imaginei Que um dia acontecesse O que na vida passei")
Viajando pela estrada Na minha vida de andante No estado de Mato Grosso Numa mata verdejante
Quando o carro deslizou Na estrada derrapante Apareceu uma jovem Com o seu olhar fascinante
Veio andando pra meu lado Com seu corpinho elegante Parecia dizer algo Com o seu lindo semblante
Perguntei o nome dela Ela disse num instante Me chamo índia da selva Eu sou filha de Xavante
("Mas por que veio aparecer Logo agora quando o carro deslizou? Será uma coincidência? Ela disse, não E sua história contou")
("Tchá marídia, tchã marídia Eu índia de mata virge apaixonô prum home branco Filha de Xavante sabe fazê feitiço, usô ramo encantado Carro para, índia fala com home branco cantadô Eu índia domesticada viu home branco cantando Qué í com home branco cidade grande")
Abri a porta, ela entrou Naquele carrão possante Seguimos estrada afora Eu fui firme no volante
Amor com amor se paga Levei a índia Xavante Hoje mora em São Paulo É a índia bandeirante
Compositor: Jeronimo Divino Tomaz (Criolo) ECAD: Obra #1207295