Criolo e Seresteiro
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Índia Bandeirante

Criolo e Seresteiro


("Amigos, prestem atenção
Até que ponto cheguei
Como artista e poeta
Eu jamais imaginei
Que um dia acontecesse
O que na vida passei")

Viajando pela estrada
Na minha vida de andante
No estado de Mato Grosso
Numa mata verdejante

Quando o carro deslizou
Na estrada derrapante
Apareceu uma jovem
Com o seu olhar fascinante

Veio andando pra meu lado
Com seu corpinho elegante
Parecia dizer algo
Com o seu lindo semblante

Perguntei o nome dela
Ela disse num instante
Me chamo índia da selva
Eu sou filha de Xavante

("Mas por que veio aparecer
Logo agora quando o carro deslizou?
Será uma coincidência? Ela disse, não
E sua história contou")

("Tchá marídia, tchã marídia
Eu índia de mata virge apaixonô prum home branco
Filha de Xavante sabe fazê feitiço, usô ramo encantado
Carro para, índia fala com home branco cantadô
Eu índia domesticada viu home branco cantando
Qué í com home branco cidade grande")

Abri a porta, ela entrou
Naquele carrão possante
Seguimos estrada afora
Eu fui firme no volante

Amor com amor se paga
Levei a índia Xavante
Hoje mora em São Paulo
É a índia bandeirante

Compositor: Jeronimo Divino Tomaz (Criolo)
ECAD: Obra #1207295

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