"faz tempo que ando na estrada E carrego de tiro uma quatrilha mansa Pelagem das buenas crismada a contento Domadas por mim e de toda a confiança"
A potra verdade picaça de raça Com força no encontro e "buenacha" de freio As vezes violenta atropela por nada A melhor das parceiras pra quem vive do arreio
Uma moura matreira da cabeça negra Que se entrega por mansa só na carreteira Por ser aragana batizei liberdade Parceira de tiro cruzando a fronteira
Eu carrego uma quatrilha pela estrada da minha pampa E o cincerro da consciência no pescoço da esperança E nas "cruz" da minha saudade ao tranco faço reponte Deixei todas bem domadas pra quando eu pegar a estrada Da linha além do horizonte...
A tostada antiga, mansa, frente aberta Recorreu comigo ranchos, corredores De nome saudade num tranco de valsa Levou na garupa todos meus amores
E as éguas que deixo mansas de arreio Domadas de freio pra peonada da estância Só levo do basto a tordilha da lida Pra voltar "noutra" vida com o nome esperança.
Compositor: Paulo Ricardo Dias Garcia ECAD: Obra #12654392 Fonograma #2582343