Sentimento Tropeiro O velho peĂŁo de tropa Que hĂĄ tempos perdeu sua amada, A lo largo em suas tropeadas Foi cerrando a ponta da vida, Como uma tropa estendida Ao longo de um corredor E o passo manso do gado Deixou rastros no passado E o tempo fez o fiador! Tranqueando num corredor, Na culatra de uma tropa, Garoa fria tocada, ChapĂ©u erguido na copa. Poncho Bueno, nĂŁo bandeia, RelĂquia de Fiateci, A baeta colorada E a canha pura lhe aquecem. O tordilho troca orelha Olhando atendo pra o gado, Um pingo de virar o xergĂŁo, Por ele mesmo domado. Na ronda um minuano sujo Obriga o chapĂ©u na aba, Lhe toca o Ășltimo quarto, Hora em que a lua se apaga. JĂĄ na culatra da vida NĂŁo possui âobrigaçãoâ, SĂł a saudade de um amor Na ponta do coração. E do ofĂcio tropeiro Resta o poncho por guarida, O seu buerana estradeiro E poucas braças de vida. E uma saudade, de tiro, Tranqueia junto ao tordilho. Um sentimento tropeiro De um viver andarilho. Brota na alma a lembrança De um amor que jĂĄ se foi E ele espanta a saudade Num grito de âera boi!â
Compositores: Maximiliano Alves de Moraes, Cristiano Dorneles Fantinel (Cristiano Fantinel) ECAD: Obra #12654389 Fonograma #2582344
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