"botei no rádio um aviso Que eu precisava de um peão, Um dos véio "ando" rodando "tá" lastimado o cristão, Me apareceu um cabeludo Dizendo: faço de tudo Sou da rédea ao esfregão".
O consumo da estância Não se prestou pra carnear Esculhambou o pelego A carne deixou abichar A lenha só corta verde Que é mais fácil de cortar
Vez por outra sai pro campo Não conhece gado alheio Se um campeiro bota corda Não se dá conta que é feio Pra não ter que ir curar Fica ajeitando os arreios
Senta com a cuia na mão E o fogo deixa apagar Onde pisa mata o pasto Que nunca mais vai brotar Sesteia sempre sentado Que é pras botas não tirar
Quando tem banho de ovelha Aí é triste a pegada O tipo teta de mula Sem serventia pra nada Fica sentado na cerca Atiçando a cachorrada
Já criou calo nos quarto De tanto viver sentado Só levanta se alguém chama Anoiteceu tá deitado Vive só de mão no bolso Se queixando de cansado