Quem conhece uma milonga Que fale muitas verdades E tenha em si a ansiedade De contar coisas ao mundo Por certo é claro e fecundo Naquilo que diz e pensa E nunca foge a sua crença De cantador por ofício. Pois aprendeu fazer versos Cruzando pelo universo De Caetano e Aparício.
Quem aprende nunca esquece Quem esquece, não entende Que não se compra, nem vende As verdades de um povo Que nem tudo o que é novo É melhor do que o de antes Apenas trás os instantes Que a vida tem desde o início. Por estes caminhos gastos De certo já havia rastos De Caetano e Aparício.
A vida ensina o caminho E eu resolvi ter o meu E o coração entendeu Que o destino não nos trai Pois quem sabe aonde vai Não cansa o cavalo á-toa E sempre bebe água boa Quem tem um rumo e munício. E "às vez" há de ir sozinho Só pra aprender o caminho De Caetano e Aparício.
Talvez o tempo nos mostre A vida num verso triste Quem sabe a vida desiste De ser apenas destino E siga um verso teatino Pra descobrir o sentido Que nunca foi entendido Da palavra em sacrifício. Pois quem tem luz e razão Tem na alma a inspiração De Caetano e Aparício.
Compositores: Erlon Pericles Borges Pires (Erlon Pericles), Paulo Henrique Teixeira de Souza (Gujo Teixeira) ECAD: Obra #3221343 Fonograma #1433838