diz-me agora o teu nome se já dissemos que sim pelo olhar que demora porque me olhas assim porque me rondas assim
toda a luz da avenida se desdobra em paixão magias de druida p’lo teu toque de mão soam ventos amenos p’los mares morenos do meu coração
espelhando as vitrinas da cidade sem fim tu surgiste divina porque me abeiras assim porque me tocas assim e trocámos pendentes velhas palavras tontas com sotaque diferentes nossa prosa está pronta dobrando esquinas e gretas p’lo caminho das letras que tudo o resto não conta
e lá fomos audazes por passeios tardios vadiando o asfalto cruzando outras pontes de mares que são rios e num bar fora de horas se eu chorar perdoa ó meu bem é que eu canto por dentro sonhando que estou em Lisboa
dizes-me então que sou teu que tu és toda p’ra mim que me pões no apogeu porque me abraças assim porque me beijas assim por esta noite adiante se tu me pedes enfim num céu de anúncios brilhantes vamos casar em Berlim à luz vã dos faróis são de seda os lençóis porque me amas assim
e lá fomos audazes por passeios tardios vadiando o asfalto cruzando outras pontes de mares que são rios e num bar fora de horas se eu chorar perdoa ó meu bem é que eu canto por dentro sonhando que estou em Lisboa