Estou num túnel A luz que vem é um trem Abro o peito e espero E paro a máquina
Estou na rua Alguém me tem na mira Encaro a bala E destroço nos dentes
Não há nada que eu queira que eu não possa querer Não há nada que eu queira que eu não possa querer Não há nada que eu queira que eu não possa querer Não há nada que eu queira que eu não possa Querer
Estou na boca Alguém me aponta a faca Eu lambo a lâmina E tiro o fio nos lábios
Estou no asfalto A morte vira a esquina Toco seus parachoques Freio o destino com os braços Não há nada que eu queira que eu não possa querer Não há nada que eu queira que eu não possa querer Não há nada que eu queira que eu não possa querer Não há nada que eu queira que eu não possa Querer
Cortes profundos Tiros à queima roupa Jogue-me do prédio Eu caio feito gato Dentro dos sapatos E saio andando com quem Sabe bem de onde vem
Não há nada que eu queira que eu não possa querer Não há nada que eu queira que eu não possa querer Não há nada que eu queira que eu não possa querer Não há nada que eu queira que eu não possa Querer!
Compositor: Paulo Afonso Macedo de Carvalho (Paulao de Carvalho) ECAD: Obra #29881936