Da Costa e Zé Matão

Canário Pardo

Da Costa e Zé Matão


Gosto de cantar de viola
Nasci pra ser cantador
Mas não gosto de lembrar
Certos tempos que passou
Quantas noitadas alegres
Que esse peito já cantou
Minha rica mocidade
Que tão cedo me deixou
Parece que foi um sonho
Uma nuvem que passou

Não consigo esquecer
Um rostinho encantador
Tinha uma boca pequena
Era uma linda flor
Cabelo preto ondulado
Olhos verdes matador
Adormecia em meus braços
Acariciando o seu amor
Por que o tempo é assim
Por que o tempo não parou

Já viajei de avião
De trem de ferro e vapor
Conheci todos os estados
Capitais e interior
Pra cantar igual eu era
É natural que não sou
Meus cabelos embranqueceram
O meu rosto se enrugou
Minha vida é uma aurora
De uma manhã que passou

Tenho que viver cantando
É um dom que Deus deixou
Eu sou um caboclo simples
Nada tenho e nada sou
Todo mundo me quer bem
Dou graças ao Criador
As mocinhas do meu bairro
Até meu nome mudou
Diz que eu sou um canário pardo
Sou o rei dos cantador

Compositores: Adauto Ezequiel (Carreirinho), Benedito Francisco Alves (Ze Matao)
ECAD: Obra #209653 Fonograma #1762273

Letra enviada por Pedro Paulo Mariano

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