Toda a gente critica o telemóvel do vizinho Mas no fundo toda a gente queria ter um igualzinho Toda a gente grita: todos diferentes todos iguais! Mas se calhar há uns quantos bacanos a mais Toda a gente quer ser solidária Mas na hora da verdade toda a gente desaparece da área Toda a gente quer ser muito moderna Mas a tacanhez essa há-de ser eterna Toda a gente quer fazer algo de original Acabando por copiar aquilo que acham original Toda a gente repara que acabo duas frases da mesma maneira (se for esse o caso toda a gente caiu na ratoeira) Apenas quero confirmar se estou a receber a devida atenção Da parte de toda a gente que ouve essa canção Toda a gente precisa de parar e relaxar um bocado E eu, como toda a gente, já 'tou stressado
Refrão: Pego no microfone e faço disso o meu talento Por fora, por dentro, mostrando o meu rebento Superficial, composto, directo e indirecto Tá-se cool e tá-se bem Entrega-te ao meu som é agora o que convém Toda a gente critica Toda a gente tem muita pica, Mas é na mesa do café que toda a acção fica, Não há dinheiro que pague este solzinho... Manda mas é vir mais um cafézinho
Toda a gente até compra camisa Mas dessa treta ao fim ao cabo já ninguém precisa Toda a gente fala da situação em Timor Muitos para ganharem algo, e muito poucos por amor Há quem costume falar de revolução Mas a revolução não vai ser transmitida na televisão Ela tem que acontecer dentro de cada um Caso contrário nunca chegaremos a lugar algum Há quem queira resolver os problemas do mundo inteiro De uma só vez, confiante, tal e qual um bom escuteiro Mas enquanto se perseguem tão nobres ideais Esquecemo-nos de limpar os nossos quintais Tentamos combater todos os males da terra Quando afinal é na nossa casa que começa a guerra Toda a gente devia parar de falar olhar para dentro e agir Virgul - dá-lhe a seguir
Refrão
Compositores: Antonio Gontijo Alves Pinto (Antonio Pinto), J Cap, Miguel D'almeida ECAD: Obra #2385081 Fonograma #34160033