O grupo é formado por Daniel Souto (Vocal e Rabeca), Marcelo Bruno (baixo), Diane Terra (zabumba), André Britto (sanfona), Leo Cortez (percussão).

Sobre Daniel Souto – Inicialmente apaixonou-se pelo som forte e melodioso da rabeca. Como todo rabequista que não segue uma tradição oral passada de pai para filho, é autodidata nesse instrumento. Começou por volta de 2002 a pesquisar a história, toques, músicas, mestres tocadores e artesãos de Rabeca, além de folguedos, reisados e todo tipo de manifestação de cultura popular onde ela é usada. Entrou em 2005 no Grupo de Pesquisa Cavalo Marinho Boidaqui, onde mergulhou ainda mais nas pesquisas de manifestações populares, principalmente no Cavalo Marinho (folguedo pernambucano que mistura teatro, dança e cordel, onde a rabeca é o único instrumento melódico) e teve contato com mestres e brincantes das culturas populares pernambucanas, como Mestre Salustiano, Mestre Luiz Paixão, Mestre Aguinaldo, Mestre Biu Roque, Antônio Nóbrega, entre outros.

Sobre a Rabeca - É um instrumento antecessor ao violino, vem de um instrumento árabe chamado "Rebab", que foi introduzido na Europa durante a invasão moura na Península Ibérica, assim como todos os instrumentos de corda. No Brasil, a Rabeca chega com a família real, que trouxe, além dos instrumentos, músicos e partituras. A rabeca foi usada na catequização dos índios e nas festas imperiais e coloniais. Essa inclusão na religião e educação do povo fez com que o instrumento ficasse encunhado nas raízes históricas e tradicionais brasileiras, passadas de geração em geração, tanto na forma de tocar quanto na maneira de construir.